
A dor, da dor que doi em seu peito,
não é mais seu único receio,
seu pensar torna-se mero pensar
tamanho ao seu desejo.
Sua cor que foje o sangue,
num suspiro quase infame,
faz lembrar-se :
Nada foi em vão, não fosse a tamanha ilusão
de que nada foi em vão.
Seu sorriso, cansado, sem riso,
sem som dança, em seu ritmo.
Pensa, pensa, pensa...
tudo parte do pensar.
É por ela a nostalgia, e dele o compasso,
é por ele a inércia, e por ela o caminho da idéia
que faz tudo ser o oposto.
Seu rosto, aquele rosto, é só rotina.
E rotina não tem rosto, porque é quando se desfigura.
E se desfigura,
Seu sorriso, cansado, sem riso,
sem som dança, em seu ritmo.
Pensa, pensa, pensa...
tudo parte do pensar.