domingo, 6 de dezembro de 2009

Se desfigura


A dor, da dor que doi em seu peito,
não é mais seu único receio,
seu pensar torna-se mero pensar
tamanho ao seu desejo.
Sua cor que foje o sangue,
num suspiro quase infame,
faz lembrar-se :
Nada foi em vão, não fosse a tamanha ilusão
de que nada foi em vão.

Seu sorriso, cansado, sem riso,
sem som dança, em seu ritmo.
Pensa, pensa, pensa...
tudo parte do pensar.

É por ela a nostalgia, e dele o compasso,
é por ele a inércia, e por ela o caminho da idéia
que faz tudo ser o oposto.
Seu rosto, aquele rosto, é só rotina.
E rotina não tem rosto, porque é quando se desfigura.
E se desfigura,
Seu sorriso, cansado, sem riso,
sem som dança, em seu ritmo.
Pensa, pensa, pensa...
tudo parte do pensar.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O amor


O amor é assim,
dessas dores que batem e não sabemos porque.
Dessa dor que é tão boa de sentir, mesmo doento tanto.
O amor é assim, sonho que sonhamos sempre juntos,
e que nunca pensamos um dia tornar-se pesadelo.
O amor come meu controle, come o meu eu,
o amor é o eu vestido de você em mim mesmo.

Como é triste e bom amar,
como é tão doloroso sentir que sem o outro
você se resume a nada, mesmo sabendo que é o único,
que você é o tudo de si mesmo.

O amor é lembrança,
e sendo lembrança é saudade,
e sendo saudade é dor,
e sendo dor,
é amor...