domingo, 16 de outubro de 2011

Improviso na tensão


E foi pura adrenalina, ofegante, pulsação....
E foi pura insanidade, com afeto, em seu sabor.
Sentimos-nos tão humanos, incessante desejo de evocar o aconchego.
Ao lado do perigo, ao lado da paixão.

Energia bem maior que induz a erro, e será erro?
Será erro acertar? O meu acerto...
Simples acerto de momento equivocado.
E não foi do passado. É tão presente, é tão agora....

E se seu sorriso me confortar é simples: nada foi em vão.
Vale a pulsação, vale o medo, vale o desejo...
Vale os teus dedos, os meus dedos, os teus lábios, teus olhos.
Teus ensaios, teus ensaios...
É tão sincero, é arte, improviso.
E leva a taquicardia.... Ainda agüento!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Quase Agora, Quase a hora.





É assim, sorrindo, ao meu lado,
olhando disfarçado que encontro infinito, tão bonito....
É assim, meio sem jeito, olhando o mal jeito da timidez,
surda mas não muda quando deu espaço ao sentimento.

E quando olho ela me olha,
e ela olha e eu não olho,
eu a vejo e ela não vê, nos vemos...

E quando acredito, acredito mesmo.
Me fez acreditar....
E o perigo, esse  medo que dá,
é excitante, emocionante, é quase grego,
se torna leigo quando nos sentimos bem.

E se eu penso, advinha o que, em quem, porque e para onde....
e se passaram dias, horas, minutos, segundos, foi-se embora, em má hora..... em má hora... e agora?
foi quase agora....
(Moabi)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Os dois

Ele para, repara, e sai.
Ela vê, rever, e reprova.
Ele senta e sente.
Ela observa e nega.
Ele...
Ela... 
(Moab iObeid)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bateu


Bateu saudade, bateu vazio.
Caiu a lágrima de sentimento.
Fica apenas os momentos
de lembrança da infância, passado.
Bateu saudade, bateu vazio.
Foi embora, foi pro mar, será que ainda volta?
Bateu saudade, bateu vazio, e o que me conforta?

Foi-se assim como ultima despedida,
Um beijo, um abraço e uma benção.
Bateu saudade, bateu vazio, são meus laços mais sinceros.
É a gota que enche o balde, a mais pura verdade, harmonia,
veracidade de sentimento que eu teimava em insistir que não acreditava.
Bateu saudade, bateu vazio.


São minhas raízes indo embora,
É minha infância, memória que insisto em não apagar.
São os laços mais fraternos, o conforto com mistério
Que sempre veio a confortar.
Bateu saudade, bateu vazio, terá sido a ultima vez?

O peito insiste em apertar, nunca mais me vi assim,
O peito insiste em doer, porque bateu saudade, deu vazio, hoje, em um dia frio, de despedidas e lembrança. Ainda sou aquela criança, no seu colo, como leito... aconchego e esperança, inúmeras são minhas lembranças.
Espero revê-la, espero revê-los
Porque bateu saudade, foi despedida, angústia mal resolvida.
Um dia frio, Adeus, bateu vazio.

quarta-feira, 23 de março de 2011

ELE IA ANALISANDO....

           SOZINHO, SENTADO EM SEU QUARTO, PASSAVA DA HORA ALTA, FUMANDO UM CIGARRO SE PERGUNTAVA SOBRE MAIS UMA POÇÃO DE COISAS QUE SEMPRE SE PERGUNTAVA. NA NOITE, AO SOM DE GEORGE BEANSON, RUÍDOS  E RAIOS DE LUZ SENTIA SAIR DE SEU CORPO, POIS, EM SEU ROSTO, NÍTIDAMENTE VIA-SE TRANSCENDÊNCIA, E AQUELA APARÊNCIA POR OUTRA PESSOA SERIA DIFÍCIL DE COMPREENDER.  ELE SABIA QUE NOVAMENTE ALGO MUDARA, E PERCEBIA COMO O CORPO SE ENCARREGA DE MOSTRAR A EVOLUÇÃO. MAS O CORPO ERA POUCO, SEU CÉREBRO VOAVA A MIL POR HORA, DAVA  CÍRCULOS E ATERRISAVA, E CADA VEZ MAIS SE JOGAVA. ELE DEIXAVA-SE REALMENTE SE LEVAR. ERA A HORA, ERA AGORA, ERA JÁ. O PULSAR JÁ ERA DIFERENTE, AS VEZES TENSO, MAS COMPREENDIA,POIS SE TRATAVA DE UM DIA DE EXTREMA MUDANÇA, SENTIA-SE QUASE UMA CRIANÇA E SE ANALISAVA O TEMPO TODO. E ANALISA O HABITAT, E AS PESSOAS, OS "AMIGOS", OS FINJIDOS, ANALISAVA OS MENDIGOS, OFENDIDOS, OFENDENDO, SOBREVIVENDO E MORRENDO.
ANALISAVA OS BÊBADOS, SEM EQUILIBRIO, IMCOMPREENDIDOS, ESCONDIDOS, ESCONDENDO UMA GARRAFA DE BEBIDA PORQUE ALGUÉM NÃO PODE VER. ANALISAVA AS CRIANÇAS, FUTURA ESPERANÇA DE UMA TERRA QUE INSISTE EM SE ACABAR, DE UMA INOCÊNCIA QUE NÃO HÁ PALAVRAS PARA EXPLICAR, E  UMA MONTANHA QUE NA CABEÇA DAQUELAS CRIANÇAS SE TRANSFORMAVA EM INÚMERAS IDÉIAS DE TUDO QUE ELE NÃO CONSEGUIA ACOMPANHAR E ENTENDER. ANALISAVA AS PORCÁRIAS, BUROCRÁCIAS PARA ORGANIZAR A DESGRAÇA,QUE HÁ TODO TEMPO SE ALASTRAVA E ALGUNS NÃO PODIAM VER, OUTROS COMPREENDER, OU PERCEBER. ANALISAVA A POESIA, QUE SE FORA NA AGONIA DE ALGUMAS DÉCADAS DE PALAVRAS AO VENTO, AQUILO SOAVA TENSO, POIS A ARTE IA EMBORA FICANDO SEMPRE NA MEMÓRIA, MOSTRANDO QUE SOBREVIVE. E DEIXAVA VIR AGORA AQUELAS PORCARIAS QUE SOAVAM SÓ SEGUNDOS, É VERDADE, REPETIAM-SE, MAS ERAM POUCOS OS MINUTOS EM SEU PALCO, AMANHÃ MESMO SE PERDERIAM...  ANALISAVA A COVARDIA, QUE A HUMANIDADE RECEBIA  E MODIFICAVA, CHAMAVAM ISSO DE STATUS, POSIÇÃO SOCIAL, ACHO QUE ERA ASSIM.... MAS ELE SABIA, ERA SO A COVARDIA SE ESCONDENDO MAIS UMA VEZ, TENTANDO "SELECIONAR" O QUE JA VEIO SELECIONADO. AFINAL ERÁMOS TODOS IGUAIS, MAS O TAL STATUS NÃO ACEITAVA. ANALISAVA O OCEANO SILENCIOSO POR ENGANO, POIS SEU SOM O FAZIA RELAXAR E AO MESMO TEMPO TINHA MEDO, ELE LHE IMPUNHA RESPEITO, E ELE APRENDERA A RESPEITAR. ANALISAVA A NATUREZA, E VIAM-SE LÁGRIMAS EM SEU ROSTO, PEDIA PERDÃO E PIEDADE, ERA A MÃE ,QUE POR VAIDADE A HUMANIDADE IA ENVENENANDO... MAS ELE NÃO QUERIA AQUELE PLANO , NÃO FAZIA PARTE DO JOGO.E COM  ASSOMBRO IA PENSANDO :  A HISTÓRIA TODA FOI UM PLANO QUE FOI-SE MODIFICANDO, MAS O OBJETIVO ERA O MESMO, OFUSCAR O BRILHO PROPRIO IMPLANTANDO UM OUTRO BRILHO, ERA O BRILHO DO DESEJO, ERA O BRILHO DO DINHEIRO, ERA A MORTE ANUNCIADA. E MAIS UMA VEZ A COVARDIA IA MOSTRANDO QUE O MEDO JOGA BOSTA NO FUTURO, POIS O PENSAMENTO QUANDO É ABSURDO O INDIVÍDUO NÃO QUER VER O RESULTADO, ELE VAI SE ADIANDO, PORQUE VAI SEGUINDO O PLANO, E VAI SENDO APRIMORADO. MAS O FIM É SÓ O FIM, E NADA PODE HAVER DEPOIS DO FIM, PORQUE O FIM....  É FIM.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Cansaço , desgastado.



Pedacinhos de paz me fazem diferença.
Em segundos de aconchego e lembranças tão amenas,
posso ser outro ser, muito distante desse ser
que não sabe o que é ser.. ele é, o  que não era pra ser.
Vislumbrando um exército, uma batalha que foi travada com uma navalha,
se sentindo reprimido, ele é escuro, surdo, mudo, fingindo ser morto, é o desgosto.

A felicidade foi embora, nunca mais voltou em sua porta,
fez-se assim criatura  remota, sem proposta, sem viver..
e logo, ao perceber, quando eu tento entender, modificar, viro exclusão...
simplesmente explosão, simplesmente explosão...
agora não mais, cansado de dedicar ajuda, foi-se o amor , foi-se a luta...
simplesmente escuta.. e nada faz.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Metrópole

É a cinza, a metrópole.
são as palavras, o louco, desconfiança.
São os olhos da senhora, num pedido de desculpa, sem culpa.
fumaça que sai entrando nos pulmões, emoções, ilusões e um acordo...
desgosto, se acostuma.


A demora do sinal, o artista em retirada, sem nada.
a rotina e o cansaço, arrogâcia com tempero, desespero, é o costume.
É o sotaque aqui é arrastado, são sempre" bons" mas a vida tem um tom,
infelizmente desafinados...
É a distância e a demora nas crianças, é um ritmo de maquina industrial ,
é capital... é a capital...




Quase desumano, robôs no tranco e uma porção de transeuntes,
Reis, mendigos, são fedidos , são fedidos...
O desespero de um ladrão, reação,locomoção, prisão.
Falta aconchego, não há mais história, foi-se a memória,
sinceramente pouco importa. o que vai ganhar?
Deverá ganhar.... no fim perder... mas perder o que?
não tem, não teve, não se perde...